Crescimento ou lucratividade: o que deve vir primeiro na sua estratégia?
- Mariana Manzi
- há 5 dias
- 3 min de leitura
Uma escolha que define o rumo e a saúde do seu negócio
Toda empresa, em algum momento, se depara com a pergunta inevitável: vale mais a pena crescer rápido ou lucrar de forma consistente? Essa decisão estratégica não tem uma única resposta certa, mas exige análise profunda sobre o momento da empresa, sua estrutura de capital, capacidade de execução e metas de longo prazo.
Se você fatura acima de R$ 30 mil por mês, tem um time em formação ou já consolidado, e quer tomar decisões mais estratégicas, este artigo é para você.

O que significa priorizar o crescimento?
Focar no crescimento envolve expandir sua operação: abrir novos canais, aumentar o time, investir em aquisição de clientes ou novos produtos. Muitas vezes, isso acontece à custa da margem, especialmente em ciclos mais agressivos.
Exemplos de metas orientadas ao crescimento:
Ganhar participação de mercado
Dobrar número de clientes ativos em 12 meses
Expandir presença regional ou nacional
Acelerar a entrada em novos segmentos
Vantagem: escalar rapidamente, consolidar marca e atrair mais atenção do mercado.
Risco: crescimento mal estruturado pode gerar custos fixos altos, problemas de caixa e queda de qualidade no serviço.
O que significa priorizar a lucratividade?
Já o foco em lucratividade coloca a rentabilidade no centro das decisões. A meta é operar com margens saudáveis, mesmo que o crescimento seja mais moderado. Nesse cenário, a empresa costuma ser mais enxuta, seletiva e orientada por eficiência.
Indicadores que mostram esse foco:
Margem EBITDA acima de dois dígitos
Equilíbrio entre CAC e LTV
ROI consistente em cada área de investimento
Vantagem: construção de um negócio financeiramente sustentável, com mais controle e previsibilidade.
Risco: deixar passar oportunidades de mercado por excesso de cautela.
Como saber qual deve vir primeiro no seu caso?
A resposta depende do momento da sua empresa. Abaixo, listamos cenários típicos e qual abordagem tende a ser mais adequada:
1. Empresa recém-lançada com capital disponível
Priorize crescimento, mas com atenção à margem bruta.
2. Negócio já estabelecido, mas com pouco caixa
Foco em lucratividade. Primeiro recupere fôlego financeiro.
3. Empresa com alta dependência de poucos clientes
Crescimento controlado pode reduzir o risco, mas mantenha atenção na margem.
4. Mercado em retração ou crise econômica
Rentabilidade passa a ser prioridade, com foco em caixa e eficiência.
5. Momento de oportunidade no mercado (ex: concorrente saindo)
Vale considerar uma alavancagem pontual no crescimento, desde que baseada em dados.
Qual o ponto de equilíbrio ideal?
O ideal é construir um modelo de negócio onde crescimento e lucratividade coexistam. Isso significa:
Crescer com base em dados e planejamento, sem perder o controle dos custos
Reduzir desperdícios e aumentar margem sem comprometer inovação
Reinvestir o lucro de forma inteligente, não apenas acumular caixa
Empresas que atingem esse ponto de equilíbrio tendem a ser mais resilientes em ciclos econômicos instáveis e têm maior longevidade.
Dica prática: comece olhando para sua DRE
A Demonstração de Resultados do Exercício (DRE) é seu principal aliado nesse processo. Use-a para responder:
Qual linha da minha operação consome mais caixa?
Onde estão os gargalos de crescimento (ex: equipe, tecnologia, canais)?
Qual produto ou serviço tem melhor margem? Devo escalá-lo primeiro?
Não tome decisões apenas com base na empolgação ou na “vontade de crescer”. Use dados concretos.
Conclusão: não existe certo ou errado, mas existe o que faz sentido
Seja qual for sua decisão — focar em crescimento ou em lucratividade — ela deve ser feita com clareza de objetivos, visão realista do momento atual e planejamento estruturado.
Crescer sem margem é perigoso. Lucrar sem expandir pode estagnar. O segredo está no equilíbrio.
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