Reformas estruturais são urgentes para impulsionar crescimento nacional
- Mariana Manzi
- 30 de out.
- 3 min de leitura
Nos últimos anos, o debate sobre reformas estruturais voltou ao centro das atenções. Enquanto países emergentes crescem com base em produtividade, inovação e ambiente de negócios favorável, o Brasil ainda enfrenta gargalos que freiam investimentos e limitam a competitividade.
Para empresários e empreendedores, entender esse cenário não é apenas uma questão de interesse econômico — é uma necessidade estratégica. A forma como o país avança (ou não) em suas reformas impacta diretamente decisões sobre contratação, precificação, expansão e captação de recursos.
Neste artigo, explicamos o que são as reformas estruturais, quais as principais travas atuais do crescimento nacional e como se antecipar aos efeitos, positivos ou não, que essas transformações podem trazer.

O que são reformas estruturais?
Reformas estruturais são mudanças profundas nas regras que definem como o Estado opera em áreas centrais como tributação, trabalho, previdência, infraestrutura, burocracia e regulação. Elas têm como objetivo melhorar o ambiente de negócios, aumentar a produtividade e garantir mais eficiência econômica a longo prazo.
Principais exemplos de reformas estruturais em pauta:
Reforma tributária: busca simplificar o sistema, reduzir distorções e melhorar a previsibilidade fiscal;
Reforma administrativa: visa tornar o Estado mais eficiente e menos oneroso;
Modernização trabalhista: foca em flexibilizar relações de trabalho e ampliar formalizações;
Reforma fiscal e do pacto federativo: pretende ajustar a distribuição de recursos entre União, estados e municípios;
Incentivos à infraestrutura privada: mudanças em marcos legais que atraiam mais investimento externo.
Por que a falta de reformas trava o crescimento?
Empresas operam com risco calculado. Quando esse risco é amplificado por insegurança jurídica, burocracia excessiva, carga tributária elevada e má alocação de recursos públicos, a capacidade de escalar, inovar e gerar empregos é comprometida.
Os principais impactos práticos para empresas:
Aumento de custo operacional (compliance, tributos, gestão fiscal);
Dificuldade em planejar investimentos de longo prazo;
Redução na atratividade do país para capital externo;
Menor competitividade internacional.
Empresas menores, com menos margem para absorver riscos, são especialmente vulneráveis.
Como se preparar para um novo ciclo de reformas?
Mesmo em meio a incertezas políticas ou lentidão legislativa, o empresário atento pode (e deve) se preparar.
1. Acompanhe os temas que afetam diretamente seu setor
Mudanças no regime de impostos, como o IVA (Imposto sobre Valor Agregado);
Regras sobre contratação, terceirização ou flexibilização de jornada;
Revisões em benefícios fiscais ou regimes especiais.
Um bom contador ou consultor jurídico pode ajudar a mapear os impactos específicos para seu modelo de negócio.
2. Invista em governança e organização financeira
Empresas organizadas têm mais resiliência para navegar mudanças regulatórias. Estruture:
DREs mensais confiáveis;
Indicadores de custo fixo x variável;
Simulações de impacto fiscal;
Planejamento tributário legal.
3. Desenvolva um time adaptável
Reformas podem exigir reestruturações internas. Ter uma equipe que compreende o contexto macroeconômico e sabe reagir com rapidez é uma vantagem competitiva.
Dicas práticas:
Promova educação financeira e econômica no seu time de liderança;
Incentive mentalidade de melhoria contínua;
Crie cenários de risco e oportunidade a partir de possíveis reformas.
Reformas estruturais no Brasil: cenário atual e desafios
A aprovação de qualquer reforma estrutural exige negociação política, pressão social e alinhamento técnico. Por isso, elas tendem a ser lentas e fragmentadas.
Atualmente, há avanços importantes em temas como:
Simplificação de tributos sobre consumo;
Novos marcos regulatórios (como o saneamento e setor elétrico);
Incentivos à digitalização da máquina pública.
Por outro lado, ainda há resistência à reforma administrativa e dificuldades em ajustar gastos públicos sem comprometer áreas essenciais.
Conclusão: entender reformas é parte do papel do empresário moderno
Esperar por um ambiente ideal pode ser um erro caro. Empresas resilientes são aquelas que se informam, se preparam e se adaptam com agilidade.
As reformas estruturais, quando bem executadas, abrem espaço para um Brasil mais competitivo, inovador e produtivo. Até lá, o desafio está em navegar com inteligência, antecipar mudanças e manter o negócio preparado para um novo ciclo de crescimento.
Quer tomar decisões mais estratégicas em um cenário de mudanças estruturais? Conheça as soluções da Valori para gestão financeira, controle de recebíveis e apoio a empresas que pensam grande.






Comentários