Após as primeiras movimentações desta segunda-feira (3), o dólar americano registrou queda frente ao real pelo sétimo pregão consecutivo, acompanhando a desvalorização da moeda no exterior em meio à alta nos preços do petróleo. Investidores também estavam de olho na reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Às 9:28 (horário de Brasília), o dólar à vista estava sendo cotado a R$ 5,0516 na venda, uma queda de 0,36%. Enquanto isso, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento na B3 caía 0,24%, a R$ 5,0750. Na sexta-feira, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,0698 na venda, uma queda de 0,55%. Nas últimas seis sessões completas, a moeda norte-americana acumulou uma baixa de 4,16%, a maior sequência de perdas desde março de 2022.
Os contratos futuros do petróleo estavam em alta nesta manhã, após a Arábia Saudita e outros produtores da OPEP anunciarem novos cortes na produção de cerca de 1,16 milhão de barris por dia. Isso beneficiou moedas sensíveis às commodities, como o real, mas também renovou temores sobre a persistência da inflação nas principais economias, o que poderia eventualmente fortalecer o dólar ao levar a mais altas de juros nos Estados Unidos.
Enquanto isso, no Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para discutir questões fiscais. Na quinta-feira passada, o governo apresentou uma proposta para as contas públicas que foi bem recebida pelo mercado financeiro.
Por fim, investidores aguardam um importante relatório de emprego norte-americano que será publicado na sexta-feira, quando os mercados brasileiros estarão fechados, devido o feriado (sexta-feira Santa). A equipe do Bradesco acredita que os números poderão reafirmar o cenário mais resiliente de atividade neste começo de ano, desafiando a trajetória de desaceleração da inflação ao consumidor nos EUA.
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